Brochura não é a morte

Brochura não é a morte

Alguns amigos de Macchus Boccattus, o primo mais cafajeste de Gillus, estão brochando. Nem o milagroso Viagra está conseguindo ajudá-los. E daí que ficam chateados, acham que a vida acabou, que não há mais motivo para continuar respirando. Preocupado com esse contingente cada vez maior de brochas, Macchus consultou o urologista de implante de seu primo Flacciddus Boccattus, o dr. Goldfinger e expôs o drama de seus companheiros de longa data. Dr. Gold cofiou os cabelos do saco e dissertou:

“Meu caro Macchus, seus amigos estão totalmente equivocados. Agora é que a vida ganha prazer. Daqui prá frente, poderão dedicar seus tempos a apreciar a beleza da vida em diversos detalhes. Deus tira o pau, mas dá a contemplação. O nascimento de uma flor, o canto matinal dos pássaros, o despertar de uma borboleta. Tudo isso, são manifestações belíssimas da natureza que o homem, eternamente preocupado com sua performance sexual, jamais apreciou. Assim, meu caro Macchus, seus amigos neo-brochas darão adeus à ansiedade e se despojarão de atitudes supérfluas.

Agora, quando estiverem batendo papo com a turma no boteco e passar uma mulher, não precisarão mais olhar o traseiro da moça apenas para provar para os companheiros que são machos incontroláveis.

Acabou a preocupação de saber se elas gozaram ou estavam gozando eles.

E vão poder comer e beber sem limites, fumar desbragadamente.

Darão grandes gargalhadas com os avisos de que obesidade, álcool e cigarro causam impotência. Meu amigo Macchus, a tensão acaba quando a brochura começa…”, finalizou o conceituado médico.

O calhorda do Macchus ficou pensativo e, depois de alguns segundos, observou com a grossura que é a sua marca registrada:

“Eu acho que o senhor tem razão, dr.Goldfinger. E diria mais: o meu amigo Zequinha por exemplo, só de não ter mais a obrigação de encarar a Izildete sob os lençóis, deveria mais é comemorar a chegada da brochura”.

 

 

 

 

 

 

 

 

Deixe um comentário